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Anabolizantes só devem ser comercializados com receita. Sem acompanhamento médico, os pacientes podem morrer.
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Uma farmácia na periferia de Belo Horizonte vende anabolizantes sem nenhuma exigência. Um repórter do Jornal Hoje foi até lá com uma câmera escondida e comprovou a denúncia: – Como é que eu faço pra conseguir mais? – É só marcar que agora não vai faltar pra você, não. – Vocês fazem aplicação aqui também? – Faço. Quando voltamos com uma câmera normal, o dono da farmácia negou a irregularidade. “Só vendemos com receita”, disse José Generoso. Anabolizantes podem ser vendidos em farmácias, mas não sem indicação médica. É preciso ter duas vias da receita, uma para o paciente e a outra para ficar na farmácia como comprovante de venda caso haja uma fiscalização da Vigilância Sanitária. Só deve tomar anabolizante quem tem problema de crescimento ou falta de testosterona, o hormônio masculino, mas esse tipo de medicamento é usado clandestinamente por quem quer ganhar músculos rapidamente, sem se importar com as conseqüências. “Esses medicamentos são lesivos ao fígado. Os anabolizantes podem causar a produção de um tumor, de cânceres no organismo, e a esterilidade”, alerta o médico endrocrinologista José Codo Albuno Dias. No Rio de Janeiro, a polícia prendeu uma quadrilha acusada de vender anabolizantes em academias. Alguns produtos eram falsificados e outros, só para animais. Dos nove detidos, dois são professores de Educação Física. O rapaz Sergio Vinícius, de 21 anos, agonizou dois meses num hospital em Juiz de Fora. No atestado de óbito consta a principal causa da morte: anabolizantes. Ele deixou uma filha de dez meses. Segundo a família de Sérgio, ele usou até um complexo de vitaminas para cavalos e bois. “Era puro culto ao corpo, ele queira ficar sarado. É um sofrimento muito grande a gente ver que ele cresceu todo bonito para morrer só pele e osso”, desabafa Ana Lúcia Rangel, tia do rapaz. A Vigilância Sanitária de Belo Horizonte diz que vai investigar a venda ilegal de anabolizantes no município. Os remédios comprados pela reportagem serão entregues às autoridades de Saúde.
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Uma farmácia na periferia de Belo Horizonte vende anabolizantes sem nenhuma exigência. Um repórter do Jornal Hoje foi até lá com uma câmera escondida e comprovou a denúncia: – Como é que eu faço pra conseguir mais? – É só marcar que agora não vai faltar pra você, não. – Vocês fazem aplicação aqui também? – Faço. Quando voltamos com uma câmera normal, o dono da farmácia negou a irregularidade. “Só vendemos com receita”, disse José Generoso. Anabolizantes podem ser vendidos em farmácias, mas não sem indicação médica. É preciso ter duas vias da receita, uma para o paciente e a outra para ficar na farmácia como comprovante de venda caso haja uma fiscalização da Vigilância Sanitária. Só deve tomar anabolizante quem tem problema de crescimento ou falta de testosterona, o hormônio masculino, mas esse tipo de medicamento é usado clandestinamente por quem quer ganhar músculos rapidamente, sem se importar com as conseqüências. “Esses medicamentos são lesivos ao fígado. Os anabolizantes podem causar a produção de um tumor, de cânceres no organismo, e a esterilidade”, alerta o médico endrocrinologista José Codo Albuno Dias. No Rio de Janeiro, a polícia prendeu uma quadrilha acusada de vender anabolizantes em academias. Alguns produtos eram falsificados e outros, só para animais. Dos nove detidos, dois são professores de Educação Física. O rapaz Sergio Vinícius, de 21 anos, agonizou dois meses num hospital em Juiz de Fora. No atestado de óbito consta a principal causa da morte: anabolizantes. Ele deixou uma filha de dez meses. Segundo a família de Sérgio, ele usou até um complexo de vitaminas para cavalos e bois. “Era puro culto ao corpo, ele queira ficar sarado. É um sofrimento muito grande a gente ver que ele cresceu todo bonito para morrer só pele e osso”, desabafa Ana Lúcia Rangel, tia do rapaz. A Vigilância Sanitária de Belo Horizonte diz que vai investigar a venda ilegal de anabolizantes no município. Os remédios comprados pela reportagem serão entregues às autoridades de Saúde.